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Fatores que podem atrapalhar o aproveitamento de proteínas em seu corpo
28 Agosto 2017
Fatores que podem atrapalhar o aproveitamento de proteínas em seu corpo

Descubra agora quais são os seis fatores principais por atrapalhar o aproveitamento de proteínas em seu organismo.

Sabemos que as proteínas são de vital importância para todos os seres vivos, visto que elas são constituintes básicas dos diferentes tecidos existentes, matéria prima para células, matéria prima para a produção hormonal endógena, participam de sinalizações metabólicas, do sistema imunológico entre outras inúmeras funções.

As proteínas, no caso dos seres humanos, são consumidas de fontes dietéticas, sejam elas vegetais ou animais, as quais apresentam maior biodisponibilidade.

Essas proteínas são de fundamental importância, especialmente para praticantes de atividades físicas, os quais demonstram gastos maiores e, portanto, necessitam de maior consumo proteico, em qualidade e também em quantidade.

Mas, unicamente ingerir proteínas e, mesmo ingerir em quantidades superiores, não garante que você tenha um bom aproveitamento delas visto que inúmeros outros pontos estão diretamente relacionados com esse aproveitamento.

Mas, você sabe quais são esses pontos? Na verdade, você já parou para pensar no quanto eles podem estar afetando os seus resultados, ou mesmo a sua saúde?

1 – Ingestão de carboidratos

Os carboidratos são os macronutrientes com maior facilidade no fornecimento energético para o corpo humano, visto seu aproveitamento pelo aparelho energético o qual temos.

Esses macronutrientes estão diretamente relacionados ao aproveitamento proteico.

Em primeira instância, porque são fontes energéticas as quais permitem que o corpo tenha energia disponível para a metabolização das proteínas.

A energia dos carboidratos também servirá para que outros macronutrientes não sejam convertidos em ATP, tais quais as proteínas. Esse fator, liga diretamente às dietas de offseason, que normalmente tem menores teores de proteínas pela alta disponibilidade energética de carboidratos.

Com uma boa disponibilidade energética, torna-se muito mais fácil garantir um balanço nitrogenado positivo e, isso não é algo irrelevante quando falamos no aumento e na manutenção da massa muscular.

Obviamente, você não precisa de quantidades exorbitantes de carboidratos em sua dieta (e isso nem é recomendado), mas, quantidades as quais se adequem aos seus objetivos, necessidades individuais e respostas ao macronutriente.

2 – Bom funcionamento hormonal

Os hormônios são a forma de sinalização do corpo para as diferentes células reagirem de uma tal forma. Por exemplo: quando ingerimos carboidratos, secretamos insulina para que ela possa sinalizar algumas células a expressar os seus receptores de glicose na membrana celular e, portanto, captar glicose.

Desta forma, a síntese proteica está diretamente relacionada com um bom funcionamento dos hormônios. Existem hormônios os quais estão diretamente relacionados com a síntese proteica como a insulina, o GH e a própria testosterona.

Portanto, se esses eixos e hormônios (tanto diretamente ligados com a síntese, quanto indiretamente ligados) não estiverem realmente ajustados, será difícil ter um bom aproveitamento proteico e, certamente você começará a ter problemas na performance, estética e saúde.

3 – Saúde intestinal

O intestino é nosso órgão responsável por digerir e absorver praticamente todos os nutrientes da dieta. Sendo assim, a saúde intestinal está diretamente ligada com o aproveitamento de nutrientes.

Tanto em questão de absorção protéica quanto em questão de absorção de outros nutrientes que serão cofatores na síntese de proteínas, é necessário levar em consideração um funcionamento adequado do intestino.

Ainda, temos que considerar que as atividades físicas reduzem significativamente os níveis de glutamina e, portanto, afetam o intestino. Portanto, praticantes de atividades físicas tem de ter ainda mais cuidado com seu intestino, seja o delgado ou mesmo para com o grosso.

4 – Volume do treinamento

Se falamos em saúde intestinal e sua relação com a prática de atividades físicas e digestão/absorção proteica, não podemos deixar de mencionar que o volume do treinamento também está diretamente relacionado ao aproveitamento proteico.

Em primeiro lugar, porque ele poderá, se estiver em excesso, deprimir o sistema imunológico, afetar a parede intestinal e arruinar os sistemas endógenos do corpo.

Além disso, muito volume de treino está relacionado com altos níveis de hormônios contrarreguladores da síntese proteica como o cortisol, glucagon e mesmo as catecolaminas, além do que, as proteínas passarão a ser usadas como fonte de energia.

Assim, regule adequadamente os níveis de eu treinamento e lembre-se de que na musculação, nem sempre o “mais” é o mais eficiente.

5 – Ingestão calórica total

Assim como o consumo dos carboidratos é essencial na dieta para disponibilizar energia, o consumo energético total também é.

Se os macronutrientes não batem as quantidades de fornecimento energético as quais seu corpo precisa e, principalmente, se eles não advém de outras fontes que não as proteínas, certamente você não conseguirá uma efetiva síntese proteica e muito menos deixar seu corpo em um ambiente anabólico com um bom balanço nitrogenado positivo.

Consuma quantidades as quais atendam suas necessidades nutricionais tanto de lipídios quanto de carboidratos e JAMAIS negligencie sua importância.

6 – Qualidade das proteínas

Ingerir quantidades boas de proteínas não garante uma boa síntese protéica. Do contrário, mais convém consumir proteínas as quais tenham uma qualidade boa e que tenha um aproveitamento pleno no corpo.

Isso porque, existem proteínas de alto valor biológico e baixo valor biológico. Entre as proteínas de AVB podemos citar as carnes, ovos, leite e derivados e entre as de BVB podemos citar o colágeno (apesar de ser derivado de animal), proteínas vegetais (com exceção da soja) entre outros.

Porém, devemos considerar ainda os PDCAAs das proteínas ingeridas na refeição, que significa uma boa disponibilidade de aminoácidos limitantes.

Desta forma, caso sua dieta seja vegana, por exemplo, convém misturar o arroz com a lentilha (pela disponibilização dos aminoácidos lisina e metionina), por exemplo, a fim de aumentar os PDCAAs. Mas, isso é possível de ser feito em dietas não veganas como, por exemplo, quando misturamos o whey protein com a caseína.

Portanto, entender um pouco mais sobre os alimentos que você está ingerindo será fundamental para que você possa garantir uma boa qualidade e não somente quantidade no seu consumo protéico.

Conclusão:

Proteínas, apesar de importantes, nem sempre podem garantir um ambiente com bom balanço nitrogenado ao corpo pela adequada síntese proteica.

Mas, do contrário, torna-se necessário considerar alguns outros fatores os quais estão também diretamente ligados com uma boa síntese proteica.

Assim, conhecendo esses fatores, fica mais fácil corrigir possíveis inadequações, melhorando assim a saúde, a performance e a estética também.

Bons treinos!