Entenda as causas da depressão e como a atividade física ajuda no tratamento!
Entenda as causas da depressão e como a atividade física ajuda no tratamento! 25Jan
2023
De acordo com a Pesquisa Vigitel 2021, do Ministério da Saúde, pelo menos 11,3% dos brasileiros relataram ter recebido um diagnóstico médico de depressão. Já um estudo liderado pela Universidade Estadual de Ohio (EUA), em fevereiro de 2021, revelou que o Brasil, quando comparado a outras dez nações, era o líder em casos de depressão e ansiedade durante a quarentena, causados pela pandemia do coronavírus. Diante de um cenário com índices tão relevantes, conversamos com a psicóloga clínica e esportiva, Patrícia Arguelles, sobre as causas da depressão e como a prática de exercícios físicos pode ajudar no tratamento.

O que é depressão e quais suas características?

Drama, falta de fé, frescura ou necessidade de chamar atenção, é bem provável que você já tenha escutado esses conceitos quando alguém definiu o que é depressão. Entretanto, essa doença não é sinônimo de nenhuma das palavras citadas. “A depressão é caracterizada como tendo, por um período, presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo.

Soma-se também a perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas. Considerando-se assim, uma psicopatologia conforme o DSM 5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).”, explica Arguelles.

Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o mal do século XXI, a depressão é uma doença que requer acompanhamento profissional, assim como qualquer outra enfermidade.

Quais são as causas mais frequentes da depressão?

De acordo com a psicóloga Patrícia Arguelles, inúmeras causas podem desencadear a depressão, entre elas:

1. Experiências estressantes e/ou traumáticas

Seja na infância ou na fase adulta, passar por situações difíceis pode levar a um quadro de depressão. Aqui, vale um aviso: cada pessoa reage de uma maneira diante dos acontecimentos da vida. Portanto, um fato que pode desencadear a doença em uma pessoa, pode não afetar a outra.

2. Temperamento

Pessoas de temperamento depressivo caracterizam-se pela presença de um humor deprimido, introversão e timidez. Além disso, manifestam predominantemente auto negatividade, autocensura e culpabilidade. Essas características devem estar presentes quase todos os dias durante o mesmo período de duas semanas.

3. Fatores genéticos

Embora não seja uma regra geral, pessoas que têm casos de depressão na família possuem significativamente mais chances de desenvolver a doença em algum momento da vida.

Como a depressão surge no esporte?

Em 2021, a FIFA, entidade máxima do futebol, e a Organização Mundial de Saúde (OMS), lançaram uma campanha para estimular os atletas, sobretudo aqueles das categorias de base, a cuidar da saúde mental. “A psicóloga Clarice Medeiros nos traz uma reflexão pertinente no livro “Esporte, Saúde Mental e Sociedade” em relação à depressão no esporte. Experiências estressantes podem fazer com que um indivíduo desenvolva depressão.

Diante disso, atletas de alto rendimento lidam com inúmeros fatores estressores, pois precisam corresponder às exigências de treinos e competições impostas pela comissão técnica, mídia ou fãs. Dessa forma, uma conquista se torna passageira, pois ele precisa voltar aos treinos sem descanso e manter seu rendimento alto.”, pontua Patrícia Arguelles.

Um estudo da Federação Internacional de Atletas Profissionais (Fifpro), realizado em 2021, constatou que cerca de 9% dos jogadores em atividade sofrem de depressão. Esses números aumentam entre os atletas que já se aposentaram, chegando a 13%. “Muitos atletas de alta performance são postos como heróis e isso gera uma pressão psicológica muito grande. Afinal, antes de serem atletas famosos, eles são humanos.”, acrescenta a profissional.

O que fazer quando um atleta de alta performance tem depressão?

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, a ginasta americana Simone Biles desistiu de competir a final individual do solo, bem como a final por equipes da ginástica artística, em razão da sua saúde mental. Muitos foram os questionamentos feitos na época do que poderia ter sido feito para que a atleta se recuperasse. “O tratamento não é uma receita de bolo, cada indivíduo é um caso diferente. O trabalho sendo multidisciplinar será acompanhado de perto por profissionais da psicologia e psiquiatria. Eles irão, em conjunto com o atleta, definir a melhor estratégia em prol da sua saúde mental.”, ressalta a psicóloga.

Simone Biles não é um caso isolado. Outros esportistas de alto rendimento, como a tenista Naomi Osaka, o nadador Michael Phelps e o surfista Gabriel Medina já declararam sofrer de ansiedade e depressão. A atuação de uma equipe multidisciplinar é fundamental para que o atleta consiga manter a saúde em dia e os treinos na rotina.

Quais são os tipos de tratamento para combater a depressão?

Os tipos de tratamento para a depressão são o acompanhamento psicológico em conjunto do psicofarmacológico, ou seja, o psiquiatra com a prescrição de remédios e o psicólogo com psicoterapia. “Ambos os profissionais são essenciais para esse tratamento, pois foram capacitados especificamente para tratar psicopatologias. Eles são profissionais da área da saúde voltados fundamentalmente para a saúde mental do indivíduo.”, fala Arguelles.

A psicóloga ainda faz um alerta quanto aos benefícios da meditação para tratar a depressão. Embora a prática proporcione tranquilidade, bem-estar e alívio do estresse para muitos, é necessário cautela. “Não é qualquer meditação que pode ajudar em quadros de depressão ou ansiedade. Com embasamento científico, na clínica, nós usamos o Mindfulness (atenção plena) no tratamento de transtornos mentais, como depressão, ansiedade e estresse.

O Mindfulness é uma prática de meditação com objetivo de desenvolver, sem julgamentos, a consciência do que estamos pensando, sentindo e fazendo no momento presente. Estudos apontam que a prática da atenção plena aumenta os níveis de resiliência e qualidade de vida. Na Terapia Cognitivo-Comportamental foca-se na maneira como os indivíduos interpretam seus pensamentos. Dessa forma, com o auxílio do Mindfulness, procura-se desenvolver uma melhor consciência acerca dos pensamentos, emoções e sensações, para uma melhor aceitação de sensações internas enquanto realiza-se reestruturação cognitiva.”, informa Patrícia Arguelles.

Qual o papel da atividade física para combater ou evitar a depressão?

A prática de atividades físicas é uma grande aliada na luta contra a depressão e outros transtornos psicológicos. “Durante a prática de atividade física, nosso cérebro produz hormônios como dopamina, serotonina e endorfina, que estão relacionados a vários índices de qualidade de vida. Entre eles, o aumento nos níveis de autoestima e no sentimento de prazer e autoconfiança, bem como a melhora nos estados de humor e na qualidade do sono.

Consequentemente, ocorre a diminuição de sentimentos de estresse fisiológico e psicológico, ansiedade e depressão. Além de todos esses benefícios, em atividades físicas realizadas em grupos, soma-se a socialização que também é muito usada no tratamento de depressão.”, explica Patrícia.

Por ter causas muito particulares de cada pessoa, os tratamentos no combate à depressão também tendem a se adequarem a cada caso. “É importante destacar que nada na Psicologia é uma receita de bolo. Técnicas são aplicadas e estratégias são utilizadas com cada indivíduo no momento adequado para cada um e da forma mais apropriada. Por isso, nós psicólogos sempre frisamos que nenhuma técnica apresentada pode ser realizada descartando o tratamento psicoterápico.”, conclui a profissional.

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Você está sofrendo de ansiedade esportiva?
De acordo com o psicólogo clínico do esporte Fernando Giovannotti, a ansiedade é uma condição emocional de sofrimento, que traz sentimento vago e desagradável de medo e apreensão.
Você está sofrendo de ansiedade esportiva? 01Fev
2023
Vitórias, troféus, pódios… Quem vê a trilogia de sucesso de um atleta não imagina que por trás também há diversos desafios, como a busca por patrocínio, gastos com treinamentos, estrutura para praticar e, claro, a cobrança para que tudo isso gere o resultado esperado.
Nessa busca, não é só o preparo físico que deve ser levado a sério! O equilíbrio com a saúde mental também precisa estar em dia para evitar alguns transtornos recorrentes na vida dos desportistas como, por exemplo, a ansiedade no esporte.

A relação entre ansiedade e esporte

De acordo com o psicólogo clínico do esporte Fernando Giovannotti, a ansiedade é uma condição emocional de sofrimento, que traz sentimento vago e desagradável de medo e apreensão. Tem também como padrão uma tensão ou desconforto definida pela expectativa de que algo inesperado ou perigoso aconteça ou vá acontecer.

Na vida do atleta, todas essas características podem aparecer relacionadas à prática esportiva em suas mais variadas formas, como medo de não atingir a performance desejada, não conseguir patrocínio, receio em falhar, cobrança exacerbada, entre outros.

Nesse ponto, Fernando ressalta que alguns sintomas revelam quando o atleta está sofrendo grande pressão, causando a ansiedade esportiva. Para ele, quando a pessoa está ansiosa, ela fica com pensamentos repetitivos e quase sempre mergulha profundamente em seus sintomas, muitas vezes, parando somente em hospitais ou pronto-socorro. “Irritabilidade geral, expectativa ansiosa na pré-prova, quando pensam que tudo pode dar errado naquela prova. Ataques de ansiedade acompanhados por distúrbios de atividade cardíaca ou respiratórios, suor, tremores, calafrios, compulsão alimentar e diarreia são os principais sintomas”, explica.

A ansiedade esportiva

Quando o assunto é esporte, a ansiedade aparece em cobranças e expectativas por um bom resultado. Sejam essas cobranças internas ou externas, vindas de treinadores, colegas de treino e patrocinadores. Pode-se manifestar também quando um atleta ou time não apresenta um bom resultado por um determinado tempo e exista a possibilidade de uma nova derrota ou fracasso. Isso faz com que ele (ou o time) gere uma cobrança excessiva e, consequentemente, um transtorno de ansiedade.

O psicólogo explica que esse distúrbio acontece, muitas vezes, porque a maior parte dos atletas são ensinados e incentivados a não demonstrar fraqueza, a não chorar e a não revelar emoções. “Aquilo que não é dito, pesa. Quando chega um ponto onde o sintoma do atleta começa a atrapalhar a performance, acredito que essa seja a hora de perceber que ele está sofrendo por alguma coisa, antes que esse sintoma o tome por completo e comprometa sua carreira”, alerta.

Portanto, é preciso estar de olho quando a emoção e o frio na barriga em relação ao esporte começam a tomar rumos mais intensos. “Quando esse friozinho na barriga passa a tomar conta do atleta e causa uma paralisia, medo, taquicardia, sudorese ou até mesmo um distúrbio respiratório, aí sim o atleta tem que ficar atento e procurar um profissional para ajudá-lo a entender o que aconteceu naquele momento, se foi algo pontual ou se vai ser algo que irá acompanhá-lo daí pra frente.”, indica o psicólogo.

Entendendo a ansiedade no esporte

As causas que intensificam a ansiedade esportiva são diferentes para cada atleta. Fernando conta que, assim como cada ser humano é único, os gatilhos também são diferentes, ou seja, são diversos fatores que agem de forma diferente, em pessoas diferentes. “O importante para nós, psicólogos e profissionais da saúde, é olhar cada atleta com sua individualidade e história de vida, para tentar ajudá-lo a identificar e lidar melhor com o problema, seja ele qual for, de ansiedade a depressão.”, complementa.

Além disso, é necessário olhar para o fenômeno de acordo com a forma no qual ele aparece, positiva ou negativa. “Tudo depende da intensidade dessa ansiedade. Pode ser positiva, quando o atleta usa a seu favor, para fazer visualizações, planejar algumas jogadas, ‘entrar em contato’ com a competição que irá fazer sem ser pego de surpresa. E negativamente, quando ele é consumido pelas sensações pré-prova, gerando uma paralisia, gasto de energia desnecessário e pensamentos fixos de erros.”, diferencia o profissional.

Você não precisa passar por tudo sozinho

Apesar de possível, não é indicado tratar a ansiedade sem ajuda profissional. Fernando nos conta que o processo é longo e mentalmente doloroso, já que o atleta deve entrar em contato com camadas profundas de sentimentos. Além disso, quando se passa por isso sozinho, os riscos de que o problema não seja resolvido são ainda maiores e podem acarretar em aposentadoria precoce, desistência de carreira ou até mesmo suicídio, pois além de todos os treinos físicos e técnicos, o esportista ainda teria que lidar com a “cura” de sua ansiedade.

A dica, portanto, para viver o esporte ao máximo, com a performance e resultados desejados, mas sem deixar a saúde mental de lado, é ter sempre auxílio profissional por perto. “Para melhorar a parte física contrata-se um preparador físico, para melhorar a técnica contrata-se um especialista na área, para balancear a alimentação se chama um nutricionista, por que não contratar um PSICÓLOGO para resolver um problema mental?”, questiona Fernando, que também reforça a extrema importância do acompanhamento psicológico e do auxílio de técnicas profissionais para diminuir o sofrimento psíquico, controlar a respiração e com o tempo cortar o problema na raiz.

Deve-se também ter em mente que a busca pela melhor performance é importante, mas que respeitar os limites também é necessário. “Temos que evitar a busca do inalcançável. Para isso, é fundamental o estabelecimento de metas a curto, médio e longo prazo, dessa forma temos alguns parâmetros e números para acalmar essa busca da perfeição.”, inspira ele.

Para finalizar, o psicólogo incentiva o diálogo do atleta com sua rede de apoio, expondo suas dificuldades, principalmente para um profissional especializado. A melhor prática para combater a ansiedade é inspiração e ação. “Procure um psicólogo. Mantenha-se no presente, no aqui e agora. Não existe receita de bolo para tratar ansiedade, pois cada caso é um caso. Muitas vezes os sintomas são até os mesmos, mas a causa não! Então, enfrentar os sintomas acompanhado de um profissional é muito melhor do que enfrentá-los sozinho.”, completa.

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